Ricardo Viveiros era pai de Ricardo Viveiros Filho, 26 anos, e avô da pequena Mariana Valente Viveiros de Paula, de apenas 6 meses, que faleceram em 1996, vítimas de um acidente de trânsito. O motorista atravessou o sinal vermelho na Rua da Cantareira, no centro de São Paulo, em altíssima velocidade.
O caso ficou impune durante 14 anos e o julgamento ocorreu somente nesse ano. O culpado, foi condenado à 1 ano e nove meses, mas responderá seus crimes em liberdade, pois é réu primário. Ou seja o caso esteve impune por 14 anos e continuará IMPUNE...
Marta Consoli, mãe de Bianca Consoli e familiares da jovem, que foi assassinada há dois meses, na zona leste de São Paulo, dentro de sua própria casa. O caso continua um mistério, nenhum suspeito foi apontado pela polícia e o caso continua impune. E familiares do jovem André Neres Maciel, vítima de um acidente de trânsito, em outubro desse ano.
Rafael Baltresca, filho de Miriam Afif José Baltresca, dona de casa de 58 anos e irmão de Bruna Baltresca, advogada de 28 anos. Mãe e filha foram atropeladas às 23h do sábado de 17 de setembro de 2011, enquanto caminhavam na calçada da via lateral da Marginal Pinheiros. Elas saíram do shopping Villa-Lobos e andavam em direção ao próprio carro quando foram atingidas pelo Golf. Miriam morreu na hora. Bruna foi levada para a Santa Casa gravemente ferida, não resistiu aos ferimentos e morreu.
Apoio da ONG Cure o Mundo, sempre presente nas manifestações
Sra. Nilza, esposa do Sr. Edson Roberto Domingues, de 55 anos, que ficou com 90% do corpo queimado após seu carro pegar fogo em uma colisão com um Camaro, na Zona Norte de São Paulo, no dia 30/09/2011, vindo a falecer em (04/10/2011) no Hospital das Clínicas.
Iolanda Silva, mãe do pequeno Werwethon Fernando Assis de Jesus, de 6 anos, que foi atropelado pelo motorista da perua escolar que o trazia, no dia 04/09/2008, em Barueri-SP.
Adriana Barbosa e José Antônio Barbosa, pais do jovem Luis Paulo Oliveira Barbosa, morto em dezembro de 2010, por um professor da FATEC. Valquiria Marques, mãe de Wagner Marques dos Santos, assassinado há 15 anos por PMs e o caso continua impune. E as crianças; Lívia e Yasmim, a mascotinha do Movimento Gabriela Sou da Paz.
Presença dos casais; Maria Luiza Hausch e Erich G. Hausch, pais de Alex Hausch e José Carlos Marino e Jandira Urbinati, pais de João Victor Urbinati, vítimas de acidentes de trânsito.
Ariomar Damasceno, irmão do gari Alex Damaceno de Souza, 26 anos, que foi um dos três garis atropelados na Marginal Pinheiros, em São Paulo. O acidente ocorreu por volta das 7h40, na pista expressa, sentido Interlagos, no acesso à Ponte Ary Torres, na região do Morumbi, no dia 22/10/2011.
Caminhada em memória das vítimas de trânsito atrai cerca de 300 pessoas
O Grupo UDVV (União em Defesa das Vítimas de Violência) promoveu neste último domingo, (20 de novembro), a caminhada para lembrar as vítimas de violência no trânsito. Ocorrida no Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital paulista, a manifestação marcou o dia em memória das vítimas de trânsito e seus familiares que é instituída pela ONU em todo o terceiro domingo do mês de novembro.
Este dia lembra da necessidade em alertar o poder público acerca das mortes ocorridas no trânsito e de levantar medidas para conter a violência no trânsito.
A deputada Keiko Ota lembrou da importância deste evento: “Ao longo do ano morrem cerca de quarenta mil pessoas vítimas de acidentes de trânsito, na maioria das vezes são jovens que tem sua vida ceifada precocemente. Precisamos de leis mais duras para aqueles que dirigem bêbados. Veja o caso do Rafael Baltresca que perdeu a mãe e a irmã por causa de um irresponsável”.
O ato serviu também para angariar assinaturas para uma petição pública, organizada pelo Rafael Baltresca, que prevê punição mais severa para aqueles que dirigem alcoolizados.
A coleta de assinaturas pode ser feita pela Internet, através do site: www.naofoiacidente.org e que até o momento já conseguiu cerca de duzentas mil assinaturas.
Revoltante saber que em nosso país a vida de duas pessoas vale 1 ano e nove meses de prisão e o assassino cumpre a pena em liberdade, enquanto o pai de família que roubou duas latas de atum e uma lata de óleo foi condenado à 1 ano e meio de prisão, em regime fechado. Não que eu ache correto roubar, mas a vida do filho e da netinha do Sr. Ricardo Viveiros valia MENOS do que uma lata de óleo, para os nossos legisladores!!!
Minha esperança e confiança de que a deputada Keiko Ota, que também perdeu o filho, Ives Ota, de apenas 8 anos, vítima da violência, consiga reverter essa triste, revoltante e dolorosa realidade!!!
E é essa tem sido a luta do grupo UDVV (União em Defesa das Vítimas de Violência), presidido pela deputada Keiko Ota, que é formado por vítimas da violência, ativistas e movimentos que lutam por Paz e Justiça e tem o total apoio da ONG Cure o Mundo e do Movimento Gabriela Sou da Paz.
A HORA É AGORA...
Vários movimentos e amigos de luta, há anos buscam por leis mais justas e pelo fim da impunidade, mas mesmo diante de todos os esforços, dedicação e luta, nada de efetivo foi conseguido até agora, apenas um dos itens do Projeto de Lei do Movimento Gabriela Sou da Paz foi aprovado...mas ainda existem 5 itens a serem votados e o projeto continua parado no senado. Precisamos pressionar, para que a luta não tenha sido em vão!
Essa é a 1ª vez que temos uma vítima da violência, que luta há anos por justiça, lá no congresso...uma pessoa que além da luta, tem no peito a mesma dor das vítimas da violência, sabe o que é ser vítima da impunidade.
Minha esperança é que ela consiga levar os projetos adiante...em prol de benefícios para as vítimas e endurecimento do código penal, mas para isso é necessário que toda sociedade se engaje nessa luta e primordial o apoio das vítimas de violência.
Boa vontade a deputada federal Keiko Ota tem e eu que tenho acompanhado de perto o seu trabalho posso afirmar isso...porém uma andorinha só não faz verão!
Minha esperança é que ela consiga levar os projetos adiante...em prol de benefícios para as vítimas e endurecimento do código penal, mas para isso é necessário que toda sociedade se engaje nessa luta e primordial o apoio das vítimas de violência.
Boa vontade a deputada federal Keiko Ota tem e eu que tenho acompanhado de perto o seu trabalho posso afirmar isso...porém uma andorinha só não faz verão!
Sandra Domingues
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