Allan Diego Henrique Barbosa, 17 anos, morreu após realizar uma cirurgia de redução de estômago, vítima de negligência médica, Belém-PA, em 14/06/2009.
Dr. Acácio Augusto Centeno Neto, indiciado pela morte do Jovem Allan Diego Henrique Barbosa, foi nomeado delegado da SBCBM - Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, do Pará.
Acredito que um indiciado não deveria ocupar tal cargo até que o processo fosse findado. É no mínimo um desrespeito à família do jovem Allan Barbosa e com a sociedade que aguarda apuração minuciosa do caso e espera por Justiça!
O fato de você salvar uma vida, não lhe dá o direito de tirar outras. É para isso que os profissionais da saúde fazem o juramento...se não for para ter responsabilidade com a vida que lhes foi confiada em suas mãos...que vão trabalhar de padeiro, marceneiro, eletricista...ou qualquer outra profissão e não colocar a vida daqueles que amamos e lhes confiamos em risco!
Entenda o caso:
Allan Diego Henrique Barbosa, morreu no dia 17/06/2009. Segundo o inquérito policial, Allan Barbosa passou a se sentir mal no pós-operatório. Mesmo comunicado pela família que o paciente não estava bem, o médico, Dr. Acácio Augusto Centeno Neto, só compareceu ao hospital 2 dias depois onde a vítima estava internada.
Pela denúncia, o médico disse a família que o quadro se reverteria normalmente com o passar dos dias e se recusou a submeter o paciente a outro procedimento cirúrgico. Como o paciente continuou a piorar, o médico teria feito uma segunda cirurgia no quarto dia do pós-operatório. De acordo com a denúncia, o médico "foi negligente, ao não observar as regras pertinentes a sua profissão e ao não prestar imediato socorro à infeliz vítima".
O Ministério Público do Pará denunciou por homicídio e pediu prisão preventiva do médico Dr. Acácio Augusto Centeno Neto, o promotor Luiz Márcio Teixeira Cypriano denunciou o médico por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O pedido de prisão preventiva do médico foi feito, segundo o promotor, para garantir a ordem pública, evitando que outros pacientes se transformem em vítima, e por conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal, uma vez que o médico, por ser influente, "não medirá esforços no sentido de ludibriar a colheita da prova e a conseqüente busca da verdade real, tentando assim dificultar o trabalho da Justiça Criminal e seus operadores na busca da retributiva Sanção Corporal esperada".
Allan Diego Henrique Barbosa tinha 1,87 e 176 quilos. Ele precisava fazer cirurgia de redução de estômago porque estava impossibilitado de exercer suas atividades normais para um garoto com a idade dele. 'Ele não podia ir ao cinema, porque as cadeiras eram pequenas para ele; qualquer lugar que precisasse sentar ele tinha que comprar duas vagas; além da discriminação que ele sofria', conta a mãe de Allan Barbosa.
De acordo com Ana Lúcia Henriques, mãe do jovem, Allan Diego Henrique Barbosa foi fazer a cirurgia em um hospital particular e o médico o operou com a equipe médica incompleta. 'Allan passou mal já no apartamento e, de acordo com depoimento da própria equipe de enfermagem do hospital, quando o médico foi informado do quadro de Allan Diego Henrique Barbosa, ele simplesmente disse que tinha que cumprir agenda, pois precisava fazer outras cirurgias e meu filho morreu', lembra emocionada.
Por Ana Lúcia Henriques, mãe de Allan Diego Henrique Barbosa
Por que o doutor subestimou a observação do seu colega e não reoperou naquele dia seu sofrido paciente?
O Dr. ao ser cobrado pelos familiares do paciente Allan Diego Henrique Barbosa para reoperá-lo alegou diante de toda a gravidade do caso que não poderia ainda reoperá-lo porque havia outra pessoa agendada para uma cirurgia naquele dia 12/ 06 e só realizou a cirurgia porque foi pressionado pelos tios do jovem.
A conduta assumida pelo Dr. Acácio Augusto Centeno Neto contribuiu para o agravamento do quadro do jovem paciente Allan Diego Henrique Barbosa. Por que o Dr. Dr. Acácio Augusto Centeno Neto fugiu de sua responsabilidade ao invés de urgentemente reoperar o jovem Allan Barbosa?
O quadro evoluiu pela falta de ação imediata do médico Dr. Acácio Augusto Centeno Neto, pois quis ficar observando até o paciente ficar taquicárdico, leucocitose altíssima, com quadro irreversível de infecção generalizada. Por que a demora nos procedimentos ?
O que o leva a achar que o responsável pela evolução do quadro foi o procedimento do endoscopista?
Antes da endoscopia a tomografia já mostrou anormalidade no pós operatório.
Você acha que se os procedimentos corretos e imediatos tivessem sido aplicados ao jovem paciente Allan Diego Henrique Barbosa teriam revertido o quadro apresentado impedindo sua morte?
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