sexta-feira, 3 de junho de 2011

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A EXPRESSÃO DA INDIGNAÇÃO, DOR E REVOLTA...


Iranildes Russo, mãe de Gustavo Russo

A EXPRESSÃO DA INDIGNAÇÃO, DOR E REVOLTA...

Acusado no caso da morte do promotor de eventos Gustavo Maia Russo, em 2005, o policial militar Marcelo Ferreira Zeferino foi condenado, ontem, por homicídio simples (pena prevista de 6 a 20 anos de prisão) pela morte de Lucivaldo Cunha Ferreira, que mantinha o produtor refém ao fugir da polícia.

Após doze horas de julgamento, os jurados do 1º Tribunal do Júri de Belém acataram parcialmente a tese da acusação. Em relação à morte de Gustavo Maia Russo, o réu foi absolvido por maioria dos votos dos jurados, que acolheram as teses da defesa.

Com base na decisão dos jurados, o juiz aplicou a pena de 12 anos de prisão, que o réu terá que cumprir em regime inicialmente fechado. Zeferino poderá recorrer da decisão em liberdade.

O PM Marcelo Ferreira Zeferino sentou pela segunda vez no banco dos réus. Ele já havia enfrentado o júri popular em 17 de março de 2008, quando foi absolvido. Mas, a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça do Pará e ele foi intimado a mais um julgamento no Fórum Criminal.

A sessão foi presidida pelo juiz Edmar Silva Pereira. Enquanto o julgamento ocorria no Salão do Júri, do lado de fora do Fórum integrantes do Movimento pela Vida (Movida), formado por familiares de vítimas da violência no Pará, pediam por justiça. Entre eles, estavam os pais do jovem Cleber Filho, morto no ano passado em uma perseguição realizada por agentes do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), na avenida Visconde de Souza Franco.

Após prestar depoimento, a mãe de Gustavo Russo, Iranildes Russo, guardava a esperança de que o equívoco fosse corrigido. “É mais uma chance que a justiça tem de se fazer presente. Pela prova dos autos, todos são culpados, pois agiram em equipe. A bala letal partiu de um, mas todos atiraram. Atiraram porque quiseram correr o risco de sentar no banco dos réus. Espero que a verdadeira justiça aconteça. Que ele seja punido pelo o que ele fez”, desabafou.

De acordo com o promotor de justiça Mário Brasil, um dos responsáveis pela acusação, o primeiro julgamento foi anulado pelo TJE pelo fato das provas não terem sido analisadas em sua totalidade. “O ato dos policiais foi feito em conjunto, eles deferiram inúmeros tiros, realmente é uma atitude grave. Quando você age dessa forma, demonstra realmente querer resultado de morte”, pontua.


REVOLTANTE...

Um policial deflagra 50 tiros sobre um carro...mata um inocente e é condenado apenas pela morte do sequestrador!

Será que não passou pela cabeça dele, nem por um instante, que 50 tiros não daria chance alguma a quem, quer que seja, estivesse dentro daquele carro?

Ou seja...a vida do sequestrador valia mais do que a do sequestrado!!!

Iranildes querida a você todo meu carinho e solidariedade!

Que sua luta não seja em vão que a sua busca incansável por Justiça ainda seja feita!

Link Relacionado:

Pela 2ª vez o Cabo Marcelo Zeferino sentará no banco dos réus

Um comentário:

  1. Acusado de matar o produtor Gustavo Maia Russo é condenado a 18 anos de prisão, Policial, entretanto, pode recorrer da decisão em liberdade

    O cabo PM Sílvio Roberto Monteiro de Miranda foi condenado a 18 anos de prisão em 16/06/2011 pela morte do promotor de eventos Gustavo Maia Russo, ocorrida em janeiro de 2005. O julgamento, no fórum do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE), teve início às 8 horas e terminou por volta das 19 horas. Familiares de Maia Russo não ficaram satisfeitos com a sentença, já que ele permanecerá em liberdade enquanto os advogados do PM entram com recurso.

    Sete testemunhas foram ouvidas durante o julgamento. Desse total, quatro foram selecionadas pelo promotor de Justiça Mário Brasil e três pelo advogado de defesa do réu, Paulo Albuquerque. Além dessas, duas testemunhas escolhidas pelo Mistério Público do Estado do Pará (MPE-PA) não compareceram e outras oito selecionadas pela defesa do réu também não compareceram e algumas delas foram dispensadas. O primeiro a ser ouvido foi o perito do IML Nelson Silveira. Ele prestou informações técnicas sobre o exame de balística.

    De acordo com o promotor de Justiça, o perito comprovou que o projétil encontrado no crânio do produtor de eventos Gustavo Russo saiu da arma do policial militar Silvio Roberto. Em seguida, a mãe da vítima, Iranildes Mota Russo, foi ouvida pelo juiz Edmar Pereira.

    Fonte: ORM

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