quinta-feira, 23 de julho de 2015

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Caso Lewdo: Justiça nega revogação de prisão para acusada de matar o filho

Arte: Solange Vieira

O juiz Ely Gonçalves Júnior, em respondência pela 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, negou pedido de revogação da prisão de Cristiane Renata Coelho, acusada de matar envenenado o filho Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos, e de tentar assassinar o ex-marido, Francileudo Bezerra Severino, subtenente do Exército Brasileiro. O indeferimento ocorreu durante audiência realizada na tarde desta quarta-feira (22/07).

Na ocasião, o magistrado também ouviu Cristiane Renata e uma testemunha do caso. Ao todo, em Fortaleza, já foram ouvidas oito testemunhas e três peritos. A ré também requereu a oitiva de testemunhas em Recife. Ao final da sessão, o juiz determinou a abertura de memoriais escritos, com prazo de dez dias para que as partes, Ministério Público do Estado (MP/CE) e defesa, se pronunciem. Somente então, é que o juiz definirá se Cristiane Renata vai ou não a júri popular. É a chamada “sentença de pronúncia”, ainda sem data para ocorrer.

Enquanto o processo tramita, Cristiane está reclusa no presídio feminino Auri Moura Costa, em Aquiraz. Ela chegou à audiência escoltada por policiais e não falou com a imprensa.

O CASO

Consta nos autos (nº 0038155-08.2015.8.06.0001) que o crime ocorreu na madrugada de 10 de novembro de 2014, na rua Um do Conjunto Napoleão Viana, no bairro Dias Macedo, em Fortaleza.

Segundo a denúncia do Ministério Público (MP/CE), a versão inicial, dada por Renata, é que Francileudo haveria ingerido veneno para rato (chumbinho) depois de ter matado o próprio filho e, com uso de violência física, forçado a esposa a drogar-se. Ele também teria postado uma despedida em uma rede social.

No entanto, Francileudo sobreviveu e negou as acusações. Também ficou constado que a suposta postagem no Facebook havia sido editada no período em que ele estava hospitalizado e inconsciente. A acareação entre o casal revelou ainda a inconsistência da versão de Renata.

Ficou apontando também que a ré foi autora de pesquisa na Internet sobre como envenenar pessoas com chumbinho, corroborando com conclusão, emitida em laudo, de que ela manipulou e administrou o veneno que matou o filho e quase levou o marido a óbito.

Fonte: TJCE

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