quarta-feira, 20 de julho de 2011

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Morre um dos envolvidos na morte de Gabriela Prado Maia Ribeiro


Acusado de envolvimento na morte de Gabriela Prado Maia Ribeiro é executado em Niterói

Augusto Aguiar

Oito anos e quatro meses após a trágica morte da estudante Gabriela Prado Maia Ribeiro, que chocou o país - em março de 2003, junto à estação do Metrô na Tijuca, Zona Norte do Rio - a equipe de investigação da Delegacia Legal do Fonseca (78ª DP) descobriu que um dos cinco acusados de envolvimento na tragédia, foi morto na “guerra do tráfico”em Niterói.

Na época a comoção popular da morte de Gabriela foi parar no Congresso Nacional, gerando campanhas de alteração no Código Penal Brasileiro.

Atualmente a história da jovem deu origem ao movimento “Gabriela Sou da Paz”, e seu nome batiza uma avenida no bairro da Tijuca. Suas cinzas foram lançadas na Praia da Barra da Tijuca.

Segundo levantamento da 78ª DP, Paulo de Souza Magalhães da Silva, de 30 anos, o “Paulinho”, fugitivo da comunidade do Fallet, uma das favelas beneficiadas com a implantação de três Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no Complexo de São Carlos, e um dos cinco condenados pela 35ª Vara Criminal do Rio pelo assalto a estação do Metrô, em 2003. Ele teria sido executado a tiros junto com outro homem, Marcos Vinícius da Conceição, o “Buiú”, oriundo da comunidade Nova Brasília (tráfico ligado a facção Comando Vermelho/CV), na Engenhoca, com anotação criminal por tráfico, após uma tentativa frustrada de invasão na comunidade vizinha Coronel Leôncio (de facção Terceiro Comando/TC), no dia 1º desse mês.

A ordem teria partido do “nº 1” do tráfico na Nova Brasíla, Luiz Paulo Gomes, o “Pão com Ovo”, apontado como um dos principais líderes do tráfico nos municípios de Niterói e São Gonçalo. Na ocasião, quatro moradores da comunidade sem antecedentes criminais ficaram feridos por balas perdidas. Segundo a polícia, o fato foi suficiente para o chamado “tribunal do tráfico” senteciar “Paulinho”e “Buiú”. 
No último dia 10, patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e agentes da Delegacia Legal de Neves (73ª DP), encontraram os dois corpos no porta-malas de um Honda Fit, roubado dias antes de uma médica, nas proximidades do Morro da Fallet, em Santa Teresa. O veículo foi abandonado às margens da Rodovia Niterói-Manilha (BR-101), na altura do bairro Boa Vista, em São Gonçalo. O fato foi registrado na 73ª DP, que inicialmente trabalhava para identificar os cadáveres.

Porém, ao investigar a ação do tráfico na Nova Brasília e tentativa de invasão na Favela Coronel Leôncio, a 78ª DP chegou aos nomes de “Paulinho” e “Buiú”, o envolvimento de “Pão com Ovo” e também a grande influência desse último junto as lideranças do tráfico no Morro da Fallet. A polícia descobriu ainda que simultaneamente criminosos ligados ao Comando Vermelho da Nova Brasília e Fallet estariam dando abrigo a comparsas procurados nos dois municípios.

O assalto a estação do Metrô na Tijuca 

Na tarde do dia 25 de março de 2003, quatro assaltantes – identificados como Paulo de Souza Magalhães da Silva, o Paulinho”, Luiz Augusto Castro de Souza, o “Lídio”, Carlos Eduardo Soares Ramalho, o “Nêgo”, e Rafael Gomes, o “Gago” - atacaram uma das bilheterias da Estação São Francisco Xavier, do Metrô, na Tijuca. Além de bilhetes e vales-transporte, os acusados roubaram R$ 619,00. Os acusados renderam bilheteiros e um segurança e na ocasião, segundo a polícia, armado “Paulinho” fazia a chamada “contenção”, para garantir a ação dos comparsas. Porém, durante o assalto a quadrilha se deparou com um policial civil (de Brasília), que encontrava-se comprando um bilhete. A vítima foi imobilizada e baleada. Outro policial civil que descia as escadas da estação do Metrô trocou tiros com os criminosos. Ele também foi baleado.

No confronto a estudante Gabriela Prado Maia Ribeiro, que também descia as escadas da estação , foi atingida e faleceu. A repercussão do fato foi uma comoção no país e a certeza que providências urgentes teriam de ser tomadas pelas autoridades para conter a escalada da violência no estado. O corpo de Gabriela foi cremado em 27 de março e suas cinzas lançadas na Praia da Barra da Tijuca, em 6 de abril.

Os quatro acusados do crime foram presos, e a 35ª Vara Criminal do Rio, proferiu sentenças que variavam de 19 a 36 anos de reclusão. 
As defesas recorreram e a sentença chegou a ser anulada por decisão da 5ª Câmara Criminal, que não caracterizou as provas como suficientes para comprovar que o tiro que matou a estudante partiu da arma dos réus.

Dias após o crime foi criada pela família da vítima a campanha “Gabriela Sou da Paz”, cujo objetivo maior é cobrar das autoridades iniciativas visando reduzir os índices de criminalidade na cidade.

Fonte: A Tribuna

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Sandra Domingues

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